Procura por energia solar cresce 45% durante pandemia de Covid-19
Energia Solar: Sex, 23 de Outubro de 2020, 15:00:00
Segundo ABSOLAR, a ideia de usar a captação da luz do sol para gerar eletricidade vem caindo no gosto dos brasileiros.
A ideia de usar a captação da luz do sol para gerar eletricidade vem caindo no gosto dos brasileiros é o que aponta a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). De acordo com dados do último semestre, o crescimento foi de 45%, mesmo com a pandemia.
De acordo com especialistas do setor, essa tecnologia gera economia de até 95% na conta de luz. Por isso, as pessoas buscaram instalar as placas em casa durante o isolamento social já que famílias inteiras estavam em casa consumindo energia. “Essa medida é um reflexo do que já vem acontecendo há 7 anos. Nos anos anteriores, a média do crescimento era de 231%, mas mesmo com a pandemia as pessoas estão procurando o serviço”, disse presidente do conselho da Absolar, Ronaldo Koloszuk.
Em 2019, o modelo representava 22,9% do investimento nacional em energias renováveis. Com a queda gradual no custo da tecnologia e o aumento da conscientização socioambiental, a tendência é que o setor ganhe ainda mais destaque. A Absolar aponta que, nos últimos 12 meses, o uso de energia solar triplicou no país.
Koloszuk classifica este momento como emblemático: “Hoje temos 381 mil unidades consumidoras, isso representa 0,4% do total de conta de luz existente no país e 1,6% da matriz elétrica brasileira. A expectativa é que em 2040 a energia solar chegue a 32% da matriz elétrica, passando, até mesmo, das hidrelétricas que ficaram com 29%”.
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Retorno do investimento
Koloszuk avalia ainda que a energia solar está entre uma das mais baratas do mundo. “O custo-benefício é fantástico, você faz o investimento e tem um retorno de 25% ao ano, em 4 anos você já tem 100%”.
O presidente do conselho da Absolar ressalta que sentiu essa diferença, no seu próprio bolso. “Antes de instalar a energia solar eu pagava em média R$800 na conta de luz, agora pago por volta de R$ 45”.
“Hoje, os engenheiros fazem uma conta em que a compensação fica zero a zero. O mês que tem mais sol você produzirá mais energia, mas também terá mês em que não terá muito sol e você consumirá mais energia. De qualquer forma há um sistema de compensação da Aneel, em que você joga para os fios de distribuição a energia que será usada pelo teu vizinho, por exemplo”, afirma Koloszuk.
É o que também afirma o aposentado Abel Tavares, de 71 anos: “Hoje a energia que eu produzo é equivalente a 50% do que eu gasto. Já no inverno esse número cai para 30%. Durante um dia de sol consigo gerar muito mais energia do que preciso, essa energia vai para a distribuidora, eles observam quanto eu gastei e quanto passei para a rede”.
Abel afirma que quer reduzir ainda mais os gastos do seu imóvel em São Paulo: “A minha intenção é duplicar os painéis que eu já tenho instalado”. O aposentado acrescenta que a conta de luz ainda é alta por conta de sua comodidade: ”Instalei aquecedores em todo o piso da casa”.
A decisão
O aposentado afirma que pesquisou muito até chegar a decisão de instalar as placas solares. ”Em 2015 tive a oportunidade de adquirir um uma nova casa. Como sempre tive muito interesse em tecnologia, comecei a ler e pesquisar sobre a energia solar, achei fantástica a ideia de gerar a energia pelo sol. Antes da reforma procurei um fornecedor e conversando com o rapaz acabei comprando algumas placas, porém fizemos um cálculo, com base na energia que eu consumia na minha outra casa, que tinha um espaço bem menor, por isso que eu pretendo dobrar o número de placas e pagar só a taxa mínima“, diz Abel.
Por Metrópole, Portal TNH1, publicada em 17/10/2020.
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Foto: Da fonte.
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